28 de Março de 2007

Já encomendei e estou ansioso porque chegue para ouvir os velhos discos de vinil no computador.
Vende-se aqui gadgets
publicado por carlos lopes às 16:41

27 de Março de 2007

Perante o papel em branco e a falta de motivo ou ideia do que escrever olho em volta à procura nem eu sei do quê. A velha colecção de discos de vinil olha-me de frente, só que para pegar num e pô-lo a tocar no gira-discos é mais complicado. O velho gira-discos Akai está soterrado debaixo de centena e meia de cds. Vale-me o computador e as músicas que vieram instaladas ou com ele com o novo Windows Vista e assim nas colunas do portátil a guitarra de King Sunny Ade & His African Beats tange Synchro Sistem. Tema que por acaso também tenho em vinil. Fui buscar o LP à colecção e verifico que na contracapa ainda está a etiqueta com o preço: 487$5 escudos. No próprio disco está a data da produção: 1983. Devolvo o disco aos seus colegas de prateleira. Da estante ao lado espreitam-me algumas colecções de livros: A História da Vida Privada, de diversos autores; Obras Escolhidas de Goethe; A História da Arte Portuguesa no Mundo, de Pedro Dias (para mim foi particularmente fascinante o tomo O Espaço do Índico). Entre colecções, pequenos livros fazem a sua aparição.

Vinte anos de poesia, de Ary dos Santos 

(A palavra será faca
O sentido será gume
A imagem será fama
Mas a matéria é o lume)

Paiol de pólen, de Joaquim Pessoa  

(Em Alcácer era verde
Meu amor o teu olhar.
Era tão verde tão verde
Quase à beira de cegar)

 
Manual de Sobrevivência na situação de Guerra Nuclear Como Viver Durante e Após Um Ataque Nuclear, de Barry Popkess, princípio dos anos 80 (que é que raio estaria eu a pensar quando comprei esta treta?)

 

O Serviço Secreto, de Reinhard Gehlen. Reinhard Gehlen foi o chefe dos serviços de informação da RFA desde os finais dos anos 40 e finais dos anos 60, data da sua aposentação. Tendo em conta a situação estratégica da RFA e os seus vizinhos nesse tempo este é um dos mais importantes e conhecedores chefes de serviço do mundo ocidental. Se querem ler um livro que fala de maneira séria sobre o que é e como se comporta um serviço de informação leiam este livro. A edição já tem uns bons anos e é da Livros do Brasil.

 

O post já vai longo e acaba com o livro Dragões e Pesadelos de Robert Bloch, (para quem não se lembra foi quem escreveu o livro que deu origem ao filme PSYCHO de Hitchcok), 1º edição: Março de 1979 – Edições Portugal Press.. É uma «fantástica colecção de pequenas histórias do sobrenatural selvagem» de que vos deixo alguns personagens do conto O Guardião de Pesadelos, portanto temos:

 Simpkins – o vampiro desdentado.

 Margate – que dirige uma espécie de pensão para monstros.

 Jory – que usa óculos escuros para não ver a lua cheia.

 Capitão Hollis – vageando pelo mundo em busca de criaturas fabulosas: centauros,  sereias, ninfas e outras…

 e O Herói – que apenas procurava um emprego… e acabou por mergulhar num pesadelo.

publicado por carlos lopes às 16:31

22 de Março de 2007
Já no meu anterior blogue, a 30 de Maio de 2006, eu tinha postado acerca do trabalho infantil e da luta que temos de travar para acabar com essa chaga social. Reponho aqui duas frases de crianças trabalhadoras do Brasil, até porque doi ler estas coisas:

«Imaginas o que é ter fome? É sonhar com um pedaço de arroz ou uma perna de frango e fingir que o estômago não doi para a mãe não ficar ainda mais triste.»

(Robinson Becerra, 12 anos)

«Se eu fosse uma princesa, assim como as dos contos, tinha uns sapatinhos de cristal, daqueles lindos! Ou de verniz...Ai, era tão bom! E vivia num palácio e tinha bonecas e não precisava de trabalhar. Gosto tanto de Barbies, o MANTHOC deu-me uma no Natal. Foi o presente mais lindo que tive, nunca tinha tido nenhum. Gostava tanto de ser princesa...Mas esta lama dava-ma cabo dos sapatos, tinha de viver num sítio com ruas a sério (sorriso). Já viste se eu fosse mesmo princesa? Ia para longe e nunca mais carregava tijolos.  É muito duro o meu trabalho. Eu ia ser uma princesa boazinha, não me ia esquecer de Deus nem dos pobres. Na tua terra as casas têm água? Eu quero ir à Europa, o Robin sabe muitas coisas, ele diz que lá não há lama e que as crianças não trabalham. Sou uma sonhadora, não é? (Suspiro)»

(Luz Roxana Diaz, 12 anos)

publicado por carlos lopes às 15:56

21 de Março de 2007
O tempo, e não me refiro ao estado do tempo que tem estado um frio desgraçado (desconfio que a última expedição ao Pólo Norte deixou alguma porta aberta), mas sim ao espaço das horas que medeia os nossos dias, tem sido curto para o tanto que tenho que fazer (entre obrigações e devoções).
Tinha lá em casa, há já algum tempo, um DVD que ainda não tinha visto. Vi-o ontem à noite e gostei muito. Um Passeio nas Nuvens (A Walk in the Clouds), realizado por Alfonso Arau e protagonizado, entre outros, por Keanu Reeves, Aitana Sanchez-Gijon e Anthony Quinn está classificado dentro género Romance/Drama.
Aquilo que vos trago é uma cena passada entre vinhedos de Nappa entre a personagem interpretada por Keanu Reeves, um vendedor de bombons de chocolate e pretenso marido da neta de Don Pedro, e Don Pedro, interpretado por Anthony Quinn. Enquanto ia tirando e comendo bombons da caixa que Keanu Reeves tinha nas mãos Don Pedro exclamava:

- E os médicos dizem: “Don Pedro, não coma chocolates.
  Pedro, nada de sal nem charutos.
  E o menos brandy possível”

 Que diabo sabem os médicos sobre a necessidade da alma de um homem?

 Nada!!!

post-scriptum:  provávelmente o ter gostado tanto desta cena tem haver com o facto de a partir de certa altura da vida me ter tornado um adepto do epicurismo.
publicado por carlos lopes às 10:18

16 de Março de 2007


(Sigam os links)


Há uma subtil alteração da cor na minha face (A Whiter Shade of Pale). Acabei de te ver.

E no entanto as coisas eram tão despreocupadas (a kiss is just a kiss), nem os nazis existiam já.

Mas porquê estes sentires, eu não sou, propriamente, A Slave To Love

Até porque coisas novas aconteceram e She Make Me Feel Brand New

 

Portanto digo So Long, Marianne

 

E virando-me para a porta já vou cantando Suzanne.

(Bom fim-de-semana)

publicado por carlos lopes às 14:33

15 de Março de 2007
Hoje no jornal Público na última página do caderno P2 a banda desenhada Calvin & Hobbes tem esta beleza:

- Papá, foste ver de manhã como está o texuguinho?
- Fui, Calvin ....Lamento, mas ele morreu.
- UAAHHHH!!
- Eu também tenho pena, cachopo. Mas ele tinha poucas chances.
- UAAHH
   AAHH!!
- Pelo menos ele morreu quentinho e a salvo, Calvin .
  Nós fizemos tudo o que podiamos, mas ele agora já não está cá.
- *SNIFF* ...eu sei...estou a chorar porque ele já não está cá fora,
   mas ainda está dentro de mim.
publicado por carlos lopes às 10:14

14 de Março de 2007
Bolas que as coisas aparecem umas atrás de outras e se umas vezes um tipo até faz umas habilidades e sente-se assim:



outras vezes as coisas não correm bem e sinto-me assim:



no meio de umas trapalhadas por ter mais olhos que barriga.

Que venha o fim-de-semana para poder, calmamente:



descansar.
publicado por carlos lopes às 10:26

09 de Março de 2007

[Quando já era quase um homem, em Brooklyn, Nova Iorque (em meados de 1838), encontrei um dos fuzileiros navais americanos, regressado de Fort Moultrie, Carolina do Sul, e tive com ele longas conversas – soube da ocorrência abaixo descrita: a morte de Osceola. Este era um jovem e corajoso chefe Seminole na guerra da Florida, nesse tempo. Foi entregue às nossas tropas, aprisionado e, praticamente, morreu com o coração despedaçado pela dor, em Fort Moultrie. Adoeceu na prisão. O médico e os oficiais tiveram para com ele todas as atenções e gentilezas possíveis; depois veio o fim.]


Quando a hora da morte chegou,
Ergueu-se lentamente do leito estendido no chão,
Vestiu o fato de guerra, a camisa, as polainas e pôs o cinto em volta da
            cintura,
Pediu vermelhão (foi-lhe posto à frente o seu espelho),
Pintou metade da cara e do pescoço, os pulsos e as costas das mãos,
Pôs a faca de escalpar no cinto – a seguir, deitou-se, descansou um
            pouco,
Ergueu-se outra vez, meio sentado, sorriu, em silêncio estendeu a mão a
            todos sem excepção,
Caiu exausto no chão (firmemente agarrado ao cabo do machado de
            guerra),
Fixou o olhar – o último – na mulher e nos filhos pequenos.
(Estes são os versos em memória do seu nome e da sua morte.)

                                                                                           WALT WHITMAN
(bom fim-de-semana)
publicado por carlos lopes às 13:48

08 de Março de 2007
Apenas porque sim.

publicado por carlos lopes às 09:37

05 de Março de 2007
Tem estado complicado.
Trabalho a mais, tempo a menos. Vir à net só aos saltinhos.
Ao que parece sempre sou lido para além da gente amiga dos blogues, o vira-casaca de alto posto de que eu falava aqui à uns quatro posts atrás (You Make Me Feel Brand New ) cada vez que passa por mim fica com umas fuças que nem vos digo. Problema dele.
...
As coisas são como são e as pessoas o mesmo. No mesmo dia em morreu o Bento (MANUEL GALRINHO BENTO) e falando, dentro do balneário, a dois adeptos do seu clube, dando os pesamos clubísticos de um adepto da Académica de Coimbra, os comentários foram do género "foi na sua hora" e "antes ele que eu". Por contrapartida um outro, ex-jogador de futebol, guarda-redes de alguns clubes regionais aqui no Minho e adepto do FC Porto, agora praticante veterano de atletismo, tem esta frase: para é que andamos para aqui com guerrinhas? a vida é demasiado importante para isso.
publicado por carlos lopes às 19:34

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