Nos sonhos encontrei a certeza de que não sou igual a qualquer um
mas apenas a mim próprio, aos meus sonhos e aos meus ideais.
Uma canção, um tom, um leve sorriso e o pé a bater no chão em compasso.
Haja alegria!
Nos sonhos encontrei a certeza de que não sou igual a qualquer um
mas apenas a mim próprio, aos meus sonhos e aos meus ideais.
Uma canção, um tom, um leve sorriso e o pé a bater no chão em compasso.
Haja alegria!
O JL, Jornal de Letras Artes e Ideias, está de parabéns.
Sai hoje para as bancas o número 1000, o que é um feito.
Façam um favor a vós próprios e vão já comprá-lo.
Vou pintar-me de vermelho e deixar crescer uma bela cornadura
que apararei com um esmerilador.
Além do mais sempre gostei de gatos.
p.s. - Alguém sabe o número de telefone da Selma Blair?
1.
O Bush antes de ir embora passou parte das últimas horas na Casa Branca a telefonar a amigos, aliados e afins.
Telefonou ao Berlusconi, ao Putin; aos P.M. inglês e japonês – Gordon Brown e Taro Aso; aos chefes de estado de Israel, Brasil e Coreia do Sul, assim como ao antigo presidente mexicano Vicente Fox. Telefonou à Merkel e ao Sarkozy. Telefonou ao presidente da Geórgia, Mikhail Saakachvili e ao Russo, Dmitri Medvedev.
E então o nosso Durão Barroso? – Pergunto eu, não há um telefonemazinho de adeus?
Pois é! Na hora de nos finarmos queremos é a família, os verdadeiros parentes, à nossa volta. As prostitutas já foram pagas.
2.
A Associação Sindical dos Juízes (ASJP) considerou “inadmissíveis” as considerações do Colégio de Psiquiatria da Infância e da Adolescência da Ordem dos Médicos (OM) sobre o “caso Esmeralda”.
Não há nada que perturbe mais um incompetente do que a demonstração da sua incompetência. A ASJP vem, indignada, falar em defesa da “independência, prestígio e dignidade dos tribunais e dos juízes” – vamos ser francos: não o são (independentes), nem os têm (prestígio e dignidade). Ponto final.
3.
Neste dia estamos a ver a História a acontecer. A uma velocidade de TGV. E isto é emocionante.
7 horas da tarde de sexta-feira. Finda a semana de trabalho ando à procura de um pouco de luz e calor. Subo a rua da Sentinela e viro à direita para a travessa do Pinto Corrido. Entro no Jerico’s Bar e sento-me ao balcão.
- Uma fresquinha, peço.
- Com este frio? Pergunta o Agostinho do outro lado do balcão.
- Se começo com algo mais forte vou estar bonito no final da noite, retorqui.
Cerveja e copo na frente. Depois dos primeiros goles, finalmente, sinto a tenção abrandar e os ombros relaxarem. As costelas ainda me doem mas são só uma lembrança esquecida.
Ela entra e senta-se dois tamboretes adiante. Pede um Porto branco. (Thats my kind of girl – penso com os meus botões.)
O Agostinho olha do fundo do balcão. Coça o queixo pensativo e depois liga o leitor de cd’s.
No fim da tarde naquele bar ao fundo de uma travessa meio perdida na cidade Tom Waits começa a cantar Jersey Girl.
Abacaxi globalizado
No sábado, vi abacaxis da Costa Rica à venda por 99 cêntimos cada um. Costumam ser mais caros: 1 euro ou 1 euro e picos. Pergunto sempre como é possível. Nunca sabem. A melhor explicação que me deram foi: “Coitados – lá na Costa Rica devem ser uns desgraçadinhos”.
Até ao fim do século XIX, os abacaxis eram tão caros que eram alugados, transitando intactos de festa em festa, só para impressionar. Agora custam 1 euro. Ora, aquele abacaxi teve que ser plantado nalguma parte da Costa Rica; cuidado; apanhado; armazenado e levado para a doca onde foi transportado para Portugal. (Nem falemos do preço ecológico do transporte dos campos da Costa Rica para Portugal). Em Portugal, teve de ser desalfandegado e encaminhado para o grossista, que depois o vende ao comerciante, que, finalmente, o leva para a frutaria ou supermercado, onde o compramos.
Neste processo todo, há várias fatias de abacaxi a pagar às várias pessoas envolvidas: cada intermediário, incluindo o Estado português, tira o seu bocado, mais uma margenzinha de lucro.
A única coisa que sabemos é que 99 cêntimos cobre isso tudo, incluindo a margem de lucro do vendedor final. Pergunto eu: desses 99 cêntimos, quanto terá recebido o produtor daquele abacaxi? E dessa quantia necessariamente infinitesimal, qual é a fracção que receberam os trabalhadores que o plantaram, criaram e apanharam?
Há preços tão misteriosos que custa muito a pagá-los. Um abacaxi por 99 cêntimos é um preço alto de mais.
(Miguel Esteves Cardoso in Público de 13 de Janeiro de 2009)
Saio de casa, cedo de manhã, com 2 graus negativos e chego ao fim da tarde
com 2 graus positivos. Brrr, faz frio.
Ainda se nevasse (faziassecásequi) isto era giro.
Assim, resta sonhar com o calor.
Para aquecer, um pouco da música de outras paragens, ritmos calientes.
Juan Luis Guerra - Romance Rosa (pt-br).
Sei lá, de repente varreu-me uma saudade e os olhos humedeceram.
Lembro-me de descer a calçada de pedra redonda até à Sé Velha, ainda usava calções (a contragosto).
Coimbra está-nos no sangue, e nem é preciso lá ter nascido... basta sermos!
Tenho algumas coisas a queimar-me os neurónios. Mas não consigo falar delas. Não por enquanto. Coisas que têm a ver com o meu trabalho. Complicações que têm a ver com a dignidade das pessoas. Mas por enquanto não. Além do mais é princípio do ano. Sejamos leves.
CATS