Nos meus “vintages” o meu quarto era uma desarrumação consequente, com os LP’s arrumados por género e, dentro da música negra, arrumados por estilo e escola. Livros, dezenas e dezenas e dezenas, arrumados pelo sistema “onde a mão o deixar ele fica”. Cassetes áudio gravadas da rádio e outras experiências malucas de quem compra o primeiro gravador aos 18 e pensa não só que sabe mais que o “maralhal” das editoras como tem mais sentido estético.
E nas paredes? – Perguntais.
Pois…ah…ah…pois…ah…Nas paredes posters centrais da Playboy brasileira (o que levou a minha tia, que nos visitou no inverno, a dizer – olha que as raparigas ainda se constipam!)
Quanto ao meu quarto, ponham-lhe mais 30 anos em cima, acrescentem-lhe cassetes VHS, CD’s, DVD’s, coisas ligadas à informática e livros e livros e livros.
Mas falta explicar o porquê deste arrazoado todo. A Playboy portuguesa decidiu fazer uma homenagem a José Saramago e, ao que parece, a fotografia da capa (e não só, e não só) mexeu com certas consciências (o que me levam sempre a perguntar-me se sabem o significado da palavra consciência).
Portanto fica aqui a minha intenção de voltar a comprar a Playboy, pelo menos este número, e eis aqui a fotografia: