Já encomendei e estou ansioso porque chegue para ouvir os velhos discos de vinil no computador.
Vende-se aqui gadgets
Perante o papel em branco e a falta de motivo ou ideia do que escrever olho em volta à procura nem eu sei do quê. A velha colecção de discos de vinil olha-me de frente, só que para pegar num e pô-lo a tocar no gira-discos é mais complicado. O velho gira-discos Akai está soterrado debaixo de centena e meia de cds. Vale-me o computador e as músicas que vieram instaladas ou com ele com o novo Windows Vista e assim nas colunas do portátil a guitarra de King Sunny Ade & His African Beats tange Synchro Sistem. Tema que por acaso também tenho
Vinte anos de poesia, de Ary dos Santos
(A palavra será faca
O sentido será gume
A imagem será fama
Mas a matéria é o lume)
Paiol de pólen, de Joaquim Pessoa
(Em Alcácer era verde
Meu amor o teu olhar.
Era tão verde tão verde
Quase à beira de cegar)
Manual de Sobrevivência na situação de Guerra Nuclear Como Viver Durante e Após Um Ataque Nuclear, de Barry Popkess, princípio dos anos 80 (que é que raio estaria eu a pensar quando comprei esta treta?)
O Serviço Secreto, de Reinhard Gehlen. Reinhard Gehlen foi o chefe dos serviços de informação da RFA desde os finais dos anos 40 e finais dos anos 60, data da sua aposentação. Tendo em conta a situação estratégica da RFA e os seus vizinhos nesse tempo este é um dos mais importantes e conhecedores chefes de serviço do mundo ocidental. Se querem ler um livro que fala de maneira séria sobre o que é e como se comporta um serviço de informação leiam este livro. A edição já tem uns bons anos e é da Livros do Brasil.
O post já vai longo e acaba com o livro Dragões e Pesadelos de Robert Bloch, (para quem não se lembra foi quem escreveu o livro que deu origem ao filme PSYCHO de Hitchcok), 1º edição: Março de 1979 – Edições Portugal Press.. É uma «fantástica colecção de pequenas histórias do sobrenatural selvagem» de que vos deixo alguns personagens do conto O Guardião de Pesadelos, portanto temos:
«Imaginas o que é ter fome? É sonhar com um pedaço de arroz ou uma perna de frango e fingir que o estômago não doi para a mãe não ficar ainda mais triste.»
(Robinson Becerra, 12 anos)
«Se eu fosse uma princesa, assim como as dos contos, tinha uns sapatinhos de cristal, daqueles lindos! Ou de verniz...Ai, era tão bom! E vivia num palácio e tinha bonecas e não precisava de trabalhar. Gosto tanto de Barbies, o MANTHOC deu-me uma no Natal. Foi o presente mais lindo que tive, nunca tinha tido nenhum. Gostava tanto de ser princesa...Mas esta lama dava-ma cabo dos sapatos, tinha de viver num sítio com ruas a sério (sorriso). Já viste se eu fosse mesmo princesa? Ia para longe e nunca mais carregava tijolos. É muito duro o meu trabalho. Eu ia ser uma princesa boazinha, não me ia esquecer de Deus nem dos pobres. Na tua terra as casas têm água? Eu quero ir à Europa, o Robin sabe muitas coisas, ele diz que lá não há lama e que as crianças não trabalham. Sou uma sonhadora, não é? (Suspiro)»
(Luz Roxana Diaz, 12 anos)
- E os médicos dizem: “Don Pedro, não coma chocolates.
Pedro, nada de sal nem charutos.
E o menos brandy possível”
Nada!!!
post-scriptum: provávelmente o ter gostado tanto desta cena tem haver com o facto de a partir de certa altura da vida me ter tornado um adepto do epicurismo.Há uma subtil alteração da cor na minha face (A Whiter Shade of Pale). Acabei de te ver.
E no entanto as coisas eram tão despreocupadas (a kiss is just a kiss), nem os nazis existiam já.
Mas porquê estes sentires, eu não sou, propriamente, A Slave To Love
Até porque coisas novas aconteceram e She Make Me Feel Brand New
Portanto digo So Long, Marianne
[Quando já era quase um homem, em Brooklyn, Nova Iorque (em meados de 1838), encontrei um dos fuzileiros navais americanos, regressado de Fort Moultrie, Carolina do Sul, e tive com ele longas conversas – soube da ocorrência abaixo descrita: a morte de Osceola. Este era um jovem e corajoso chefe Seminole na guerra da Florida, nesse tempo. Foi entregue às nossas tropas, aprisionado e, praticamente, morreu com o coração despedaçado pela dor,