28 de Setembro de 2007
Fim-de-semana à porta, a fazer toc, toc. Mesmo com chuva é bom.
Entretanto e enquanto pesquiso na maior (dizem) biblioteca do mundo, a Biblioteca do Congresso dos EUA (link aqui) e onde encontrei esta fabulosa imagem, a declaração de independência dos EUA manuscrita pelo próprio Thomas Jefferson:


(cliquem na imagem para aumentar)

como ia dizendo, enquanto fazia esta pesquisa ia ouvindo esta espantosa interpretação do Capricho Nº 24 de Paganini para violino, só que com uma guitarra clássica, é realmente maravilhoso:


Bom fim-de-semana.
publicado por carlos lopes às 19:45

Sou cheio de dúvidas e cometo erros volta e meia.
O que não suporto são sacripantas.
publicado por carlos lopes às 08:55

26 de Setembro de 2007
Tiago Torres da Silva no JL (Jornal de Letras, Artes e Ideias) nº 964:

...Tudo o que não é liberdade é solidão, solidão a que recorro muitas vezes, incapaz que sou de viver a liberdade em todos os minutos da minha vida. Por isso, vou dando nomes diferentes à solidão. Já lhe chamei promiscuidade, já lhe chamei tristeza, já lhe chamei copos, já lhe chamei saudade, já lhe chamei poesia. Tudo era apenas solidão. A solidão que não nos larga e que, se entendida com calma e serenidade, é o nome mais bonito que podemos chamar à liberdade.
publicado por carlos lopes às 11:56

25 de Setembro de 2007
Estas eleições internas do PSD mais parecem um episodio dos Sopranos.

Aqui vai uma foto de familia.

publicado por carlos lopes às 15:16

21 de Setembro de 2007

Oito e meia da noite. Era o último dia, a última noite, que aquele restaurante do grande hotel estava aberto. A sala grande ia ser transformada em mais uma dependência de um grande banco. No topo esquerdo a orquestra da casa, apenas oito músicos que a crise chega a todos, já tinha começado duas ou três músicas mas não as tinha acabado, tocar para ninguém é algo frustrante. Parecia que as pessoas, sabendo que era a última noite, se afastavam como quem se afasta de um animal moribundo. A sala vazia com os seis criados de casaca postados, em fila, junto à porta de vaivém que ligava à cozinha, era uma visão dorida.

O chefe de sala olhava para o relógio quando o casal entrou na sala e se sentou numa mesa junto ao espaço dançante, largo, perto da orquestra. Era um casal idoso, talvez na casa dos sessenta. Com um sinal do queixo o chefe de sala mandou um dos criados para junto do casal. Encomendaram e jantaram parcamente. Já com a refeição completa a senhora dá um toque na mão do companheiro e ele sorri, levanta-se e vai falar com o maestro. Volta para a mesa e pegando na mão da companheira dirigem-se para o centro do espaço dançante. Quanto a sua mão enlaça a cintura da companheira a orquestra começa a tocar Strangers in the night, a célebre música celebrizada por Frank Sinatra. No final da música dirigiram-se para a mesa e o chefe de sala, que estava por perto, reparou nos olhos húmidos de ambos. O cavalheiro pediu a conta e quando se dirigiam para a saída, acompanhados pelo chefe da sala, explicou em tom baixo:

- Sabe, nós conhecemo-nos aqui, nesta sala, há cerca de trinta anos. Fomos apresentados por amigos comuns e a meio da noite a orquestra começou a tocar a música do Sinatra. Convidei-a para dançar quase nem reparamos que a música tinha acabado. Algo tinha começado dentro de nós. Desde esse dia não passou um dia que fosse que não estivesse--mos juntos. Nós hoje não faltaríamos aqui, nem que fosse preciso de vir do outro lado do mundo.

Saíram, e o chefe de sala quando voltou ao seu lugar tinha a cabeça mais levantada, orgulhoso, e um brilhozinho nos olhos.

publicado por carlos lopes às 14:21

19 de Setembro de 2007
Estou cansado de postar
sem ninguém comentar
assim, o Gianni Morandi
ides ter que aguentar

(em dose dupla ou, à moda do Porto, dobrada)

1. Non son degno di te


2. In Ginocchio Da Te (1964)

publicado por carlos lopes às 19:50

18 de Setembro de 2007

De que é que vamos falar?

Da vergonha que foram as posições do governo e da presidência da republica durante a visita do Dalai Lama?

Eu sei que está a decorrer uma negociação com vista a que o tráfego marítimo da China para a Europa passar pelo porto de Sines e da pipa de massa que isso representaria para Portugal mas, meus senhores, …não sabem que quem se põem de cócoras não só não é respeitado como se arrisca a levar um pontapé no traseiro?

E acerca da selecção nacional de futebol? Viram-nos a cantar o hino? Deviam é aprender com a nossa selecção de rugby (de quem temos muito mais orgulho) e dizer, como eles dizem, independentemente do resultado saímos do campo com a cabeça erguida e de preferência com ela no lugar! E por falar de cabeça no lugar…parece que é coisa que o Scolari não sabe o que é.

Mas nem tudo é mau “neste lugar à beira-mar plantado”. Um rapaz de 16 anos de Santa Maria da Feira, de seu nome Patric Figueiredo, teve a genial ideia de pedir que não deitem livros escolares fora e pede que lhos entreguem. Criou um site na net onde vende esses manuais por 25% do seu valor. Já obteve a atenção de editoras que lhe prometeram mais manuais. Os livros sem saída, por haver manuais que já foram substituídos, são enviados para a Guiné-Bissau com a ajuda da Câmara de Santa Maria da Feira.

Ligação ao site  AQUI

publicado por carlos lopes às 11:18

14 de Setembro de 2007
Eugénio Lisboa sobre de Joe Berardo e citando Samuel Johnson:
"normalmente um miserável que patrocina com insolência e é retribuído com lisonja."
in JL nº 963
publicado por carlos lopes às 15:24

10 de Setembro de 2007
António Lobo Antunes na sua crónica na revista Visão de 6 de Setembro:

"Brincar ao erudito é pior que um travesti a mostrar o rabo."
publicado por carlos lopes às 15:04

06 de Setembro de 2007
"Se me disseres que me amas, acreditarei.
Mas se escreveres que me amas,
acreditarei ainda mais.

Se me falares da tua saudade, entenderei,
mas se escreveres sobre ela,
eu a sentirei junto contigo.

Se a tristeza vier a te consumir e me contares,
eu saberei, mas se a descreveres no papel,
o seu peso será menor"

... e assim são as palavras escritas:
possuem um magnetismo especial, libertam,
acalantam , invocam emoções.

Elas possuem a capacidade
de em poucos minutos cruzar mares,
saltar montanhas, atravessar desertos intocáveis.

Muitas vezes, infelizmente, perde-se o Autor,
mas a mensagem sobrevive ao tempo,
atravessando séculos e gerações.

Elas marcam um momento que será
eternamente revivido por todos aqueles que a lerem.

Viva o amor com palavras faladas e escritas,
mate saudades, peça perdão,
aproxime-se, recupere o tempo perdido.

Insinue-se, alegre alguém,
ofereça um simples "bom dia",
faça um carinho especial.

Use a palavra a todo o instante, de todas as maneiras.
Sua força é imensurável.

Lembre-se sempre do poder das palavras.

Quem escreve constrói um castelo,
e quem lê passa a habitá-lo"

(Autor Desconhecido)

in Filosofia Especial, nº 1
publicado por carlos lopes às 19:31

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