31 de Janeiro de 2008
No jornal Público de hoje vem a notícia:
"Exactamente 60 anos depois do seu assassínio por um fanático hindu, as cinzas do líder da independência da Índia, Mahatma Gandhi, foram ontem lançadas ao mar, ao largo de Bombaim."

Até sempre irmão.

Boa viagem camarada.
publicado por carlos lopes às 10:54

29 de Janeiro de 2008
Com tanta chatice para resolver tinha que procurar qualquer coisa que me divertisse e me deixa-se mais leve (só a demissão do ministro não basta). Com este vídeo fui até às lágrimas de tanto rir.
publicado por carlos lopes às 19:54

23 de Janeiro de 2008
Este vídeo é um espectáculo .
Gosto imenso de música russa e este tema é lindíssimo, os coros e o cantor são óptimos..
E é claro que o humor do grupo punk também ajuda na festa.

RED RUSSIAN ARMY CHOIR "Kalinka"
publicado por carlos lopes às 19:57

21 de Janeiro de 2008
Digo-vos!
Nada como chegar, numa manhã de segunda-feira, ao trabalho,
abrir o blogue e ver que uma amiga escreveu este comentário que me emocionou:
"Feliz de quem é um peixe no aquário dos teus olhos"
Não sei se mereço tanto, minha muito cara amiga SO12, não sei.
Para ti, com um grande beijinho, um cante alentejano feminino:

Grupo Coral Feminino de Peroguarda - Cabelo Entrançado
publicado por carlos lopes às 19:28

17 de Janeiro de 2008
Pus o bivaque na gaiola
e saí de pássaro na cabeça.
Então?
já não se faz continência?
perguntou o comandante
Não
já não se faz continência
respondeu o pássaro
Ah bom
desculpe, pensei que se fazia
disse o comandante
Está desculpado, qualquer um
pode enganar-se
respondeu o pássaro.

(Jacques Prévert
citado por Jorge Listopad no Jornal de Letras
por mim aqui postado)
publicado por carlos lopes às 16:37

14 de Janeiro de 2008
Ontem, Domingo, na secção Cartas ao Director do jornal Público veio uma belíssima homenagem prestada por um amigo de alguém que desapareceu. Merecia maior destaque. Hei-la por inteiro.

O meu ídolo

 

No tempo em que a vida era um sonho que passava à nossa frente, cada dia uma nova página de um livro sem fim, eu tinha um ídolo.

Não, não era o Eusébio, que estava sempre aleijado e até foi jogar para o Beira-Mar. Nem o Yazalde, apesar dos mais de 40 golos que marcou num só ano. Tão pouco o Pele. Sem o Jairzinho e o Rivelino, o Tostão e o Gerson, o que valia o Pele? Acima desses estava o Cruyff, que comandava uma vistosa equipa de gadelhudos com nome apelativo e equipamento bonito. Mas o meu ídolo mesmo era o Miro. O Miro era de carne e osso, morava mesmo ali ao lado da escola, tinha só mais dois anos do que eu e era tão bom como o Cruyff…que digo eu…era melhor que o Cruyff. O Miro fazia o que queria com a bola, o Miro jogava com os dois pés, fintava com os dois pés, fintava um, dois, três, todos os que lhe aparecessem à frente, o Miro olhava para um lado e passava a bola para o outro, o Miro marcava golos marcava golos de todas as formas e feitios, com os pés, com a cabeça, em jogada corrida, de livre directo (ou até de livre indirecto…ele encarregava-se de pôr alguém de confiança a dar um toquezito para o lado).

Aos 11 anos, no 2º ano do ciclo preparatório, tive a sorte de ficar na mesma turma do Miro (depois de um ano a penar numa turma de moços de aldeia, em que ninguém tinha jeito para a bola). A turma dos caxineiros. Foi um regalo. Ganhávamos a toda a gente. Não só em futebol como no resto. Até no basquetebol o Miro era melhor do que os outros. No futebol, a concorrência era enorme, mas lá consegui um lugarzinho na equipa. Lembro-me bem da grande final. Era contra uma turma de “vileiros”,comandados por um tal Quim Vitorino, rapaz encorpado, já com os seus 14 anos (como o Miro), que alguns teimavam que era ainda melhor que o Miro. Durante uma semana não se falou de mais nada. O Miro dava as ordens. Tu jogas à esquerda e tu à direita, tu na defesa e tu no ataque à minha frente. E tu ficas preparado para entrar se alguém se magoar. Foi a minha primeira final…e foi a minha final de sempre. Goleamos os “vileiros”…7-3, 8-3,…a memória aqui atrapalha-se, lembro-me que até eu marquei um golito…mas a prova estava feita. Em futebol, os caxineiros eram os melhores e o Miro era definitivamente o maior.

Acabado o ciclo, perdi o contacto com o Miro. Soube que o pai o obrigou a ir para o mar e nem Varzim nem Rio Ave, não havia tempo para treinar. Ao contrário de muitos que estiveram naquela final, a começar por mim, que, apesar de bem mais fraquinho, lá fiz a minha carreira de futebolista jovem no Rio Ave, de que tanto me orgulho, e a acabar no Quim, que chegou a campeão europeu em Viena, ao Miro roubaram-lhe a alegria de jogar futebol na idade em que todos gostamos de jogar futebol. Passados quase 10 anos, o Miro apareceu de repente a jogar no Varzim. Apenas um ou dois anos depois de se ter inscrito oficialmente pela 1ª vez no Malta (segundo rezam os jornais), já como sénior. Cheguei a vê-lo duas ou três vezes, mas o encanto tinha-se perdido. Era um defesa esquerdo razoável, rápido e raçudo, mas os sinais do Cruyff tinham-se desvanecido. E entretanto tinham aparecido o André e o Vitoriano, e era desses que se falava. Ainda esteve uns anos no Varzim. Passou pelo Aves e acabou no Oliveira do Bairro. E voltou ao mar.

Há dois ou três anos vi o Miro num café de Caxinas. E o Miro continuava igual…e lembrava-se de mim e tratou-me pelo meu nome, o que me deixou orgulhoso. Foi a última vez que o vi. Hoje o Miro deixou-me. Desapareceu na porra do mar, o mar traiçoeiro que já tanto o tinha castigado. E eu chorei. Um bocado do meu sonho ficou para sempre no mar frio da Bretanha.


José Fernandes

Póvoa de Varzim

publicado por carlos lopes às 19:38

11 de Janeiro de 2008


Tira-me o pão, se
quiseres, tira-me o ar, mas
não me tires o teu riso.
(Pablo Neruda)


Prefiro o teu sorriso.
e teus olhos meigos
mimados pela minha mão
num gesto de ternura
(eu)
publicado por carlos lopes às 16:49

07 de Janeiro de 2008

Apetece-me dizer o teu nome. Em voz baixa. Sussurrado. Como se fosse um segredo. Tenho medo. Medo que o som do teu nome assuste os anjos adormecidos. Tenho medo que eles descubram que me roubaste o sossego apenas com um olhar. E me punam, não mais deixando olhar o teu rosto. Teu rosto, madonna, teu rosto querido. Com um nariz no meio, como se fosse apenas um rosto. Mas perdi-me. Falava do teu nome. Dentes e língua nos dentes. Apetece sibilar. Sibilar como quem assobia. Teu nome merecia ser assobiado. No meio duma canção. Duma canção dos Beatles. Mas John Lennon morreu de encontro a um pedaço de chumbo, impulsionado pela explosão de pólvora, provocada por um dedo, pressionando o gatilho, de um mecanismo de consumo universal. E eu não sei música. Não sei cantar o teu merecidamente cantado nome. Apenas o sei dizer. Num sussurro. No segredo.

publicado por carlos lopes às 20:45

03 de Janeiro de 2008
E agora (para começar o ano em grande)
o fabuloso
o inagualavel
o insuperável

Dizzy Gillespie
(mais os Marretas)

publicado por carlos lopes às 19:52

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