Porque é obrigatório dizê-lo:
pouca gente tem ouvidos puros. Ou mãos limpas.
Ler bem um poema é poder fazê-lo, refazê-lo:
eis o espelho, o mágico objecto do reconhecimento,
o objecto activo de criação do rosto.
O eco visual se quanto a rostos fosse apenas tê-los fora e ver.
Porque o mostrado e o visto são a totalidade
daquilo que se mostra e vê – o nome: revelação.
(in Luzes de Galiza)