Que bom que é voltar a casa, ao fim de um dia de trabalho, ao som da Antena2 no rádio do carro. Hoje era entrevistado um acordionista português, dos bons. Através de uma pequena história, passada com o filho dele, fiquei a saber que aquele som das ambulâncias (ni-nó-ni-nó-ninó) eram tocado nos tons Si e Lá.
Estou a escrever este post ao som do cantor Fausto. A sua música tem uma suavidade que se ajusta muito ao cansaço do fim da tarde, mantendo a cabeça livre, a pensar.
Tenho que tomar a resolução de voltar a treinar. Tirando os fins-de-semana parei de correr e como sou um "bom prato" o peso tem aumentado (exponencialmente!). Bom...verdade seja dita, o que os meus camaradas de petisqueira diziam, quando ainda corria e era magro, era que eu devia ter a "bicha solitária" devido ao que comia e mesmo assim não engordava. Mas falta a vontade, ou a força da dita. Começo, nos meus 54 anos, a perceber o cansaço psicológico que em camaradas mais velhos via. Começam a ser muitas coisa, muitas raivas acumuladas sem explodir (as mais das vezes apenas por polição de costumes) e isso acaba por transformar-se num arrastar, num deixa andar. Estou, talvez, a precisar de um recomeço...ou um começo mas isso era mais complicado.
Agora passei para o Rodrigo Leão. É, também, um músico de quem gosto muito.
Penso que estou a precisar de fazer umas férias sózinho, acampado, no meio das árvores. O corpo a recarregar baterias e a cabeça a pôr em ordem as prioridades. Descansar o cansaço.
Há, ainda, muita estrada para este velho maratonista correr antes de chegar ao fim da corrida.