Miguel Real, no Jornal de Letras (JL), acerca do romance de novo Fernando Pinto do Amaral:
"Marcado pelo dom da genialidade, O Segredo de Leonardo Volpi faz o ponto ficcional da geração de Esquerda nascida na década de 1950, que esteve na base do 25 de Abril de1974, levou Portugal à Europa e sonho um país solidário, generoso, igualitário e profundamente democrático, e se vê, à entrada no novo século, substituída por uma nova classe política («os contabilistas», p. 279), janota e liberal, centrada nas benesses do Estado, transformando este na força de bloqueio da realização individual e social do cidadão e o país numa «farsa» diária."
Pessoalmente, penso que o adjectivo liberal tem sido utilizado de modo demasiado alargado, para não dizer pior. Penso o mesmo neste caso. Quanto ao resto, absolutamente de acordo.