Ontem. Foste doce na resposta ao meu sms a desejar-te um bom aniversário. Lembranças, antigas do teu rosto, doce rosto, teu cheiro. Lembranças. Como se o desejo não morre-se nem com tempo nem com distância. E a constatação que a palavra adoro-te fica maior e mais pesada com essa distância. Resta a fotografia, a cores, que a minha memória insiste recordar a preto e branco. E aqui só me resta a frase que minha não é mas que dela me aproprio como um ladrão que rouba um beijo: “apenas quero ser um cão que lambe as lágrimas de um rosto de uma mulher”. Essa mulher és tu, e eu apenas um homem na beira de um rio que observa a tua imagem reflectida na água corrente…e sonha.